domingo, 12 de fevereiro de 2012


Em estação de alta umidade, cafeicultor deve adotar medidas preventivas contra a ferrugemImprimirE-mail
Sex, 27 de Janeiro de 2012 07:49
Pesquisas e monitoramento da lavoura contribuem com o controle
Verão, época de chuva e calor. Para a cafeicultura, a estação pede ações de prevenção contra a ferrugem, doença causada pelo fungo Hemileia vastatrix, que encontra na combinação de umidade e temperatura nesse período, as condições ideais para sua manifestação. O cafeicultor deve ficar atento nos primeiros meses do ano, pois o fungo pode estar de forma latente alojado nas folhas, daí a importância do monitoramento da lavoura para adoção de medidas de controle.
Na região cafeeira da Bahia, há produção de café arábica, nas zonas de maior altitude e oeste do estado, e de café conilon, ao sul. Segundo a professora Sandra Elizabeth de Souza, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), surgiram sintomas pontuais na região do conilon, por conta do aumento das chuvas nos meses de novembro e dezembro de 2011, fazendo com que os produtores iniciassem as ações de controle com fungicidas. A professora ressalta ainda que entre janeiro e fevereiro os cafeicultores devem continuar esse trabalho de prevenção das lavouras, pois se não controlar os sintomas no início, fica difícil depois que a doença se instala nas plantações.
A professora explica que o fungo causador da ferrugem leva de 30 a 40 dias para manifestar os sintomas nas plantas. Para evitar prejuízos maiores na lavoura, ela faz duas recomendações aos produtores: “Investir na adubação da planta, para suportar a competição por nitrogênio e proteínas com o fungo, e monitorar e observar o surgimento dos primeiros sintomas de pontos amarelados nas folhas para entrar com o controle imediato”.
Em Minas Gerais, maior produtor do Brasil, a pesquisadora do Centro Regional do Sul de Minas da Epamig, Sara Chalfoun, conta que até o momento o estado não sofre prejuízos na produção com a ferrugem, mas, a temperatura média de 23ºC e chuvas na região criam um ambiente propício para o aparecimento da doença. Sara ressalta que a manifestação dos sintomas se deve mais à alta umidade do que à chuva forte e constante, que impede a entrada do fungo nas folhas. A preocupação maior da pesquisadora é com a mudança no regime de chuvas devido às mudanças climáticas. Segundo ela, com as chuvas começando agora em novembro – antes era em setembro – acontece o que a pesquisadora chama de “ferrugem tardia”. Ela explica que “a mudança no período de chuvas está mudando a curva histórica da doença para os meses de janeiro e fevereiro. Antes ela surgia nos meses de novembro e dezembro”.
A consequência disso é que, quando os sintomas da ferrugem passam a se manifestar de janeiro a março, e não mais nos últimos meses do ano, a eficácia do fungicida aplicado tradicionalmente por volta de novembro já está bem reduzida. “Isso gera um duplo prejuízo ao agricultor, que tem que fazer uma aplicação adicional, dificultando a adoção de controle fixo”. Também como a professora Sandra Elizabeth, a pesquisadora Sara Chalfoun aconselha que o produtor faça o monitoramento sobre os sintomas na lavoura como medida para tomada de decisão sobre a aplicação do produto no tempo devido.
Na região cafeeira do Paraná, assim como em Minas, o pesquisador do Iapar, Marcos Antônio Pavan, informa que não há registro de ferrugem até o momento. Para ele, o controle da doença no estado se deve principalmente à adoção de cultivares resistentes. Segundo Pavan, a maioria dos produtores do Paraná já utiliza cultivares como a IPR 59, uma das poucas plantas no mundo resistente a diferentes tipos de ferrugem, a IPR 98, IPR 99 e IPR 107, cultivares obtidas com o apoio do Consórcio Pesquisa Café.
Pesquisas
Instituições do Consórcio Pesquisa Café desenvolvem diferentes estudos na área de melhoramento genético para obtenção de novas cultivares resistentes à ferrugem e com alta produtividade, como Embrapa Café, Iapar, IAC, Incaper, Epamig, entre outras. A Fundação Procafé, por exemplo, em parceria com a Embrapa Café, fez o pedido de registro de quatro cultivares resistentes à doença no último ano. O pesquisador da Embrapa Café, Carlos Henrique Siqueira de Carvalho, participa das pesquisas e explica que esse é um trabalho de longo prazo, que pode levar até 30 anos. Ainda assim, segundo Carlos Henrique, nos últimos 10 anos, mais de 30 cultivares já foram disponibilizadas para o produtor.
Uma alternativa para reduzir o tempo de pesquisas é a tecnologia da Biofábrica, projeto desenvolvido em parceria da Embrapa Café com a Fundação Procafé. A tecnologia permite uma rápida obtenção de um grande número de mudas, por propagação vegetativa da cultivar selecionada, com características agronômicas desejáveis, tais como a resistência a doenças, pragas e à seca, o que pode reduzir em até 10 anos as pesquisas para obtenção de novas cultivares.
A pesquisadora da Embrapa Café, Eveline Caixeta, participa do programa de melhoramento da UFV/Epamig, que utiliza a biotecnologia como ferramenta, tanto no desenvolvimento de marcadores moleculares, como na ampliação dos conhecimentos genéticos da resistência do cafeeiro à ferrugem. A biotecnologia é uma ferramenta também com grande potencial para o entendimento do mecanismo genético da resistência à ferrugem.
Continuamente, surgem novas raças de ferrugem resistentes às defesas das cultivares já existentes no mercado, o objetivo dos estudos é gerar tecnologias e conhecimentos que aumentem a eficiência e a rapidez na obtenção de novas variedades de cafeeiros com resistência à doença.  Segundo a pesquisadora, no momento, os marcadores moleculares desenvolvidos e os genes de resistência à ferrugem estão sendo empregados na construção do mapa genético do cafeeiro e está sendo avaliada a eficiência da seleção assistida por marcadores no melhoramento.
Outra importante pesquisa na área é da Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição do Consórcio, divulgada no início de janeiro, revelou novidades no estudo da ferrugem no cafeeiro desenvolvido por professores dos departamentos de Fitopatologia e Biologia Geral. O professor da área de fitopatologia da UFV, Robert Weingart Barreto, falou sobre a descoberta da “criptossexualidade” no fungo Hemileia vastatrix, causador da doença, que pode levar à criação de estratégias mais eficazes para aumentar a resistência da planta à ferrugem. A descoberta mostra que as estruturas assexuadas da ferrugem, na verdade, funcionam como sexuadas. “Os eventos típicos da reprodução sexuada acontecem de modo oculto, dentro das estruturas sexuadas, o que passou despercebido dos pesquisadores durante mais de cem anos”, explicou Robert.
Área de Comunicação & Negócios da Embrapa Café
Texto: Cristiane Vasconcelos (MTb 1639/CE)
Site: http://www.embrapa.br/cafe
Fone: (61) 3448-4566
Serviço de Atendimento ao Cidadão: http://sac.sapc.embrapa.br
 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Café (Wikepédia)


Café

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma xícara com café.
Grãos de café Arábica torrados.

Grãos de café Arábica.
Grãos de café Conilon (Robusta).
café é uma bebida produzida a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro. É servido tradicionalmente quente, mas também pode ser consumido gelado. O café é um estimulante, por possuir cafeína — geralmente 80 a 140 mg para cada 207 mL dependendo do método de preparação.[1]
Em alguns períodos da década de 1980, o café era a segunda mercadoria mais negociada no mundo por valor monetário, atrás apenas do petróleo.[2] Este dado estatístico ainda é amplamente citado, mas tem sido impreciso por cerca de duas décadas, devido à queda do preço do café durante a crise do produto na década de 1990, reduzindo o valor total de suas exportações. Em 2003, o café foi o sétimo produto agrícola de exportação mais importante em termos de valor, atrás de culturas comotrigomilho e soja.[3] Minas Gerais é o estado com maior produção de café do Brasil.[4]

Índice

  [esconder

[editar]História

A história do café começou no século IX. O café é originário das terras altas da Etiópia(possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e daEuropa.[5] Mas, ao contrário do que se acredita, a palavra "café" não é originária de Kaffa — local de origem da planta —, e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho"(قهوة), devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe.[6]
Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi observou que suas carneiros ficavam mais espertas ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.[7]
Parece que as tribos africanas, que conheciam o café desde a Antiguidade, moíam seus grãos e faziam uma pasta utilizada para alimentar aos animais e aumentar as forças dos guerreiros. Seu cultivo se estendeu primeiro na Arábia,introduzido provavelmente por prisioneiros de guerra, onde se popularizou aproveitando a lei seca por parte do Islã. O Iêmen foi um centro de cultivo importante, de onde se propagou pelo resto do Mundo Árabe.
O conhecimento dos efeitos da bebida disseminou-se e no século XVI o café era utilizado no oriente, sendo torrado pela primeira vez naPérsia.[8]
Na Arábia, a infusão do café recebeu o nome de kahwah ou cahue (ou ainda qah'wa, do original em árabe قهوة). Enquanto na língua turco otomana era conhecido como kahve, cujo significado original também era "vinho". A classificação Coffea arabica foi dada pelo naturalistaLineu.
O café no entanto teve inimigos mesmo entre os árabes, que consideravam suas propriedades contrárias às leis do profeta Maomé. No entanto, logo o café venceu essas resistências e até os doutores maometanos aderiram à bebida para favorecer a digestão, alegrar o espírito e afastar o sono, segundo os escritores da época.

[editar]Na Ásia e África

Em 1475 surge em Constantinopla a primeira loja de café, produto que para se espalhar pelo mundo se beneficiou, primeiro, da expansão doIslamismo e, em uma segunda fase, do desenvolvimento dos negócios proporcionado pelos descobrimentos.[9]
Café na Palestina em 1900. Imagem estereoscópica de Keystone View Company.
Por volta de 1570, o café foi introduzido em VenezaItália, mas a bebida, considerada maometana, era proibida aos cristãos e somente foi liberada após o papa Clemente VIIIprovar o café.
Na Inglaterra, em 1652, foi aberta a primeira casa de café da Europa ocidental, seguindo-se a Itália dois anos depois. Em 1672 cabe a Paris inaugurar a sua primeira casa de café. Foi precisamente na França que, pela primeira vez, se adicionou açúcar ao café, o que aconteceu durante o reinado de Luís XIV, a quem haviam oferecido um cafeeiro em 1713.
Na sua peregrinação pelo mundo o café chegou a Java, alcançando posteriormente osPaíses Baixos e, graças ao dinamismo do comércio marítimo holandês executado pelaCompanhia das Índias Ocidentais, o café foi introduzido no Novo Mundo, espalhando-se nasGuianasMartinicaSão DomingosPorto Rico e CubaGabriel Mathien de Clieu, oficial francês, foi quem trouxe para a América os primeiros grãos.
Ingleses e portugueses tentaram a sua sorte nas zonas tropicais da Ásia e da África.

[editar]Lavouras de café no Brasil

Fazenda típica de café, vista do terreiro de secagem do café ao fundo instalações -Avaré.
Em 1727, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta, a pedido do governador do Estado do Grão-Pará, lançou-se numa missão para conseguir mudas de café, produto que já tinha grande valor comercial. Para isso, fez uma viagem à Guiana Francesa e lá se aproximou da esposa do governador da capital Caiena. Conquistada sua confiança, conseguiu dela uma muda de café-arábico, que foi trazida clandestinamente para o Brasil.
Das primeiras plantações na Região Norte, mais especificamente em Belém, as mudas foram usadas para plantios no Maranhão e na Bahia, na Região Nordeste.[10]
As condições climáticas não eram as melhores nessa primeira escolha e, entre 1800 e 1850, tentou-se o cultivo noutras regiões: o desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe mudas do Pará para a Região Sudeste e as cultivou no Rio de Janeiro, depois São Paulo e Minas Gerais, locais onde o sucesso foi total. O negócio do café começou, assim, a desenvolver-se de tal forma que se tornou a mais importante fonte de receitas do Brasil e de divisas externas durante muitas décadas a partir da década de 1850.
Plantação próxima da cidade de São João do Manhuaçu - Minas Gerais -Brasil.
O sucesso da lavoura cafeeira em São Paulo, durante a primeira parte do século XX, fez com que o Estado se tornasse um dos mais ricos do país, permitindo que vários fazendeiros indicassem ou se tornassem presidentes do Brasil (política conhecida comocafé-com-leite, por se alternarem na presidência paulistas e mineiros), até que se enfraqueceram politicamente com aRevolução de 1930.
O café era escoado das fazendas depois de secados nos terreiros de café, no interior do estado de São Paulo, até as estações de trem, onde eram armazenados em sacas, nos armazéns das ferrovias, e, depois embarcado nos trens e enviado ao Porto de Santos, através de ferrovias, principalmente pela inglesa São Paulo Railway.

[editar]O fim do tráfico e seus efeitos

O tráfico negreiro era um dos negócios mais lucrativos da economia brasileira e movimentava muito dinheiro. Com sua proibição, os capitais antes aplicados na compra de escravos foram deslocados para outras atividades. Ocorreu assim um incremento das indústrias, das ferrovias, dos telégrafos e da navegação. Junto com o café, o fim do tráfico proporcionou o início da modernização brasileira.[11]
Reagindo aos efeitos da extinção do tráfico negreiro, os cafeicultores recorreram ao tráfico interprovincial e desenvolveram uma política de atração de imigrantes europeus para suas lavouras. As lavouras decadentes da cana-de-açúcar no Nordeste ampliaram a venda de escravos para as lavouras do Centro-Sul, que se transformaram na principal região escravista do país. Porém, o trabalho dos imigrantes só ganharia peso na década de 1880, quando os cafeicultores já não conseguiam segurar os escravos nas fazendas, devido à força da campanha abolicionista.

[editar]O Café e a geada

O café foi plantado oeste do estado de São Paulo, nos lugares mais altos, os espigões, divisores das bacias dos rios que desembocam norio Paraná, lugares menos propensos à geadas que as baixadas dos rios. Nestes espigões foram também construídas as ferrovias e as cidades do Oeste de São Paulo, longe da malária que era comum nas proximidades dos rios. O café em São Paulo sofreu sobremaneira com a "grande geada de 1918" e a geada de 18 de julho de 1975, que atingiu também o norte do estado do Paraná, dizimando todos os cafezais das regiões de Londrina e Maringá.[12]

[editar]A Valorização do Café

O mais conhecido convênio de estados cafeeiros para obter financiamento externo para estocagem de café em armazéns a fim de diminuir a oferta externa e conseguir preços mais elevados para o mesmo foi o Convênio de Taubaté de 1906. O pressuposto da retenção de estoques de café era a crença de que depois de uma safra boa, seguiria-se uma safra ruim, durante a qual o café estocado no ano anterior seria exportado. A partir da década de 1920, a valorização do café tornou-se permanente, aumentado muito o volume estocado, fazendo os preços se elevarem, atraindo com isso novos países produtores ao mercado fazendo concorrência ao Brasil. Com a crise de 1929, a partir do governo de Getúlio Vargas, todo os estoques de café tiveram que ser queimados para os preços não subirem. A escolha foi feita de modo a manter o café como um produto destinado às elites. Ou seja, o governo preferiu queimar o café à vendê-lo por um preço mais baixo, o que o tornaria acessível a qualquer cidadão da época. Foram queimados de 1931 a 1943, 72 milhões de sacas, equivalentes a 4 safras boas. A partir de 1944, a oferta de café passou a ser regulada por convênios entre países produtores.[13][14]
Cápsulas de Café Expresso da marca Nespresso
Atualmente, o Café é considerado "a bebida do sistema capitalista", devido às propriedades que a cafeína confere aos seus usuários, levando-os a obterem melhor rendimento e produtividade no meio profissional.[carece de fontes]

[editar]Na Europa

Café Nicola, em Lisboa
Os estabelecimentos comerciais na Europa consolidaram o uso da bebida do café, e diversas casas de café ficaram mundialmente conhecidas, como o Café Nicola, em Lisboa, onde se encontravam políticos e escritores, sendo de realçar o poeta Bocage, o Virgínia Coffee House, emLondres, e o Café de La Régence em Paris, onde se reuniam nomes famosos como Rousseau,VoltaireRichelieu e Diderot.
O invento da cafeteira, já em finais do século XVIII, por parte do conde de Rumford, deu um grande impulso à proliferação da bebida, ajudada ainda por uma outra cafeteira de 1802, esta da autoria do francês Descroisilles, onde dois recipientes eram separados por um filtro.
Em 1822 uma outra invenção surge em França, a máquina de café expresso, embora ainda não passasse de um protótipo. Em 1855 é apresentada em uma exposição, em Paris, uma máquina mais desenvolvida, mas foi em Itália que a aperfeiçoaram.
Assim, coube aos italianos, apenas em 1905, comercializar a primeira máquina de expresso, precisamente no mesmo ano em que foi inventado um processo que permitia descafeinar o café. Em 1945, logo após o final da Segunda Guerra Mundial, a Itália continua tendo a primazia sobre os expressos e Giovanni Gaggia apresenta uma máquina onde a água passa pelo café depois de pressionada por uma bomba de pistão. O sucesso foi notório.[15]

[editar]A Crise de 1929

Distribuição geográfica dos diferentes cultivos (r: robusta, m: robusta e arábica e a: arábica).
Com a "quebra" da Bolsa de Valores americana em 1929, o Brasil teve a primeira grande crise de superprodução do café, tendo que o governo brasileiro promover a queima de estoques para tentar segurar os preços. Nos finais da década de 1930, o Brasil tinha-se visto a braços com outro excedente de produção que foi resolvido com ajuda da Nestlé, quando esta inventou o café instantâneo.[16]
Superada mais essa crise, o Brasil continuou a ser o maior produtor mundial de café, embora nos últimos anos tenha de concorrer com outros países da América Latina.
O café é, atualmente, a bebida artificial mais consumida no mundo, sendo servidas cerca de 400 bilhões de xícaras por ano. O tipo de café mais comum é o arábica, ocupando cerca de três quartos da produção mundial, seguido do robusta, que tem o dobro da cafeína contida no primeiro.

[editar]O café e a saúde

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Advertência: A Wikipédia não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.
A maioria das pessoas que consomem café diariamente desconhece as substâncias saudáveis e os seus efeitos terapêuticos:
cafeína chega às células do corpo em menos de 20 minutos após a ingestão do café. No cérebro, a cafeína aumenta a influência do neurotransmissor dopamina.
Entre os malefícios causados pelo consumo excessivo de café podemos listar:
  • Ação diurética compulsivo causadora de perda de minerais e oligoelementos, aminoácidos e vitaminas essenciais.
  • Causa enfraquecimento do organismo através da perda de sódio, potássio, cálcio, zinco, magnésio, vitaminas A e C, bem como do complexo B.
  • Possui relação direta com a doença fibroquística (eventualmente precursora do “câncer da mama”).
  • Pode causar o aparecimento de polipos (primeiro estágio do câncer no aparelho digestivo), verrugas, psoríases e outras afecções dermatológicas.
  • Reduz a taxa de oxigenação dos neurônios.
  • Provoca uma maior secreção de ácido clorídrico, causando irritações nas mucosas intestinais que causam colites e ulcerações, principalmente para quem sofre de gastrite.
  • Sua ação é acidificante do sangue, propiciando o surgimento de leucorreias, cistites, colibaciloses e variados acessos fúngicos.

[editar]Valor nutricional

Valor nutricional por cada 100g
kJ2
Carbohidratos0
Gordura0,02 g
Gordura saturada0,02 g
Gordura trans0 g
Gordura monoinsaturada0,015 g
Gordura polinsaturada0,001 g
Água99,39 g
Proteínas0,12 g
Cafeína40 mg
Vitamina A0 ug
Betacaroteno0 ug
Vitamina B10,014 mg
Vitamina B20,076 mg
Vitamina B30,191 mg
Vitamina B50,254 mg
Vitamina B60,001 mg
Vitamina E0,01 mg
Vitamina K0,0001 mg
Cálcio2 mg
Ferro0,01 mg
Magnésio3 mg
Manganésio0,023 mg
Fósforo3 mg
Potássio49 mg
Sódio2 mg
Zinco0,02 mg

[editar]Produção

Principais produtores
(venda em milhares de ton)
Fonte:OIC
Ano198419942004
 Brasil1 28425%1 69230%2 35635%
 Vietname140%2124%83112%
 Colômbia66213%77914%68410%
 Indonésia3737%3777%4437%
 Etiópia1393%1523%3004%
 Índia1964%1693%2313%
 Guatemala1703%2274%2213%
 México2605%2504%2043%
 Peru701%711%2013%
 Uganda1533%1443%1652%
 Honduras862%1312%1552%
 Costa Rica1513%1503%1072%
 Costa do Marfim2896%1803%1051%
 El Salvador1343%1382%851%
 Nicarágua511%411%681%
 Papua-Nova Guiné451%681%601%
 Equador832%1433%561%
 Tailândia282%841%481%
 Tanzânia501%411%481%
 Camarões952%240%441%
 Quênia932%1002%431%
 Venezuela591%561%421%
Outros55411%3977%2644%
Total5 039100%5 624100%6 760100%

[editar]Ver também

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
WikcionárioDefinições no Wikcionário
WikilivrosLivros e manuais no Wikilivros
CommonsImagens e media no Commons

Referências

  1.  Erowid. Caffeine Content of Beverages, Foods, & Medications. (em inglês) Acessado em 7 de novembro de 2006.
  2.  Portillo, L. (1993) "El Convenio Internacional del Café y la crisis del mercado". Comercio Exterior 43: 378-391. (em espanhol)
  3.  FAOSTAT Agriculture Data. Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. (em inglês). Página visitada em 31 de outubro de 2005..
  4.  Portal Minas. Minas segue líder na produção de café. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  5.  Francis, John K. Coffea arabica L. RUBIACEAE Factsheet of U.S. Department of Agriculture, Forest Service (em inglês) Acessado em 7 de novembro de 2006.
  6.  A história do café (HTML). Café Pilão (2008). Página visitada em 30 de setembro de 2008.
  7.  Mexido de Ideias. Origens do Café. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  8.  Clínica. Vai um cafezinho aí?. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  9.  Amigo Nerd. Como Montar uma Cafeteria e Livraria. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  10.  O café no Brasil, in A história do café. (HTML). ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) (2008). Página visitada em 9 de outubro de 2008.
  11.  UOL Educação. Abolição da escravatura - História. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  12.  Criar e Plantar. Agricultura. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  13.  MERGULHÃO, Benedito, O General Café e a revolução Branca de 1937, Irmãos Pongetti Editores, Rio de Janeiro, 1943
  14.  MERGULHAO, A Santa Inquisição do Café, Irmãos Pongetti Editores, Rio de Janeiro, 1940
  15.  Mundo Educação. Economia Cafeeira. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  16.  Sua Pesquisa. A Crise de 1929. Página visitada em 13 de janeiro de 2012.
  17.  Ciência Hoje, "Café é benéfico para a prevenção de diabetes", acedido a 20 de janeiro de 2011
  18.  Café combate risco de cancro da próstata. Ciência Hoje (19-05-2011). Página visitada em 20 de maio de 2011.

[editar]Ligações externas

Noutras línguas